Tuesday, December 13, 2011

2012: O Futuro Nos Pertence

2012 é ano bissexto e começa num domingo. Há vários alertas sobre grandes catástrofes, como se elas fossem novidade. Mas desta vez estão exagerando um pouco: tempestades solares, apocalipse Maia, planetas errantes em rota de colisão com a Terra, e por aí afora.
Ano bissexto tem 366 dias e acontece a cada quatro anos para corrigir uma aproximação numérica dos dias que a Terra despende para dar uma volta em torno do Sol que, rigorosamente, são 365, 2422 dias solares, e não 365.
As previsões catastróficas obedecem à tendência pessimista, pensamentos sombrios que tanto freqüentam os noticiários por estarem presentes nas mentes das pessoas. Certamente muita coisa ruim irá acontecer, mas muito de bom também virá para equilibrar.
Será bom refletir sobre o que aconteceu na vida neste período que termina e o que poderemos fazer por ela para termos um ano renovado. Uma parte do futuro depende de nós, de nossa consciência e atos. Sempre haverá algo que possamos agregar. Acreditar que tudo está escrito é submeter-se à predestinação e eliminar a possibilidade de transformar o que está por vir.
O futuro está sempre sendo modificado por nossas atitudes em obediência a um ordenamento universal de causa e efeito. É certo que um dia iremos morrer, mas entre o do nascimento e o do desenlace fatal, todos os outros podem ser nossos se tomarmos as rédeas do destino, fugindo da predestinação, rompendo a rotina, cárcere psicológico que transforma o futuro num suceder de dias que se repetem.
Ao término de um ano, da convenção temporal que adotamos para medir a sucessão de amanheceres que experimentamos na vida, devemos refletir sobre o futuro e auscultar em nossos corações o superior sentimento de esperança capaz de transformar a vida por nossa vontade. Que ela seja uma realidade no ano que se inicia e saibamos nos interessar mais por nós mesmos e pelas pessoas com as quais convivemos.
O futuro nos pertence.

Nagib Anderáos Neto
www.twitter.com/anderaosnagib

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Monday, December 12, 2011

A Cultura na Formação de Uma Nova Civilização

Os seres humanos passam por aqui, vivem um tempo, deixam um dia esta Terra, mas fica a cultura, o cultivo de pensamentos e idéias urdidos em palavras e obras. Todo indivíduo pensante contribui para o aquilatamento da cultura que é um legado para as gerações futuras.
Da mesma forma que um grão de areia encerra em si todo um Universo, cada ser humano pode concentrar toda uma humanidade e ser uma ínfima representação da Sabedoria Universal, do próprio Deus que nela Se confunde.
A grandeza de uma cultura pode ser o fundamento de uma Nação e amplia-se com o aumento da capacidade de estudo. A instrução continuada deverá ser o pilar principal de qualquer política. Tudo o mais será conseqüência dela, pois a maior vocação do espírito humano é a criação, a realização para o que o estudo contribui diretamente. A Pátria e o espírito nacionalidade provêm dessa realização. O estudo individual e coletivo unem os seres humanos na realização e compreensão das altas finalidades do ser humano.
Existe uma cultura comum e informativa cujos alcances estão limitados à sua superficialidade. Há também uma mediana que se eleva por sobre as capas da ignorância e alcança os bancos universitários, mas quase sempre circunstanciada a aspectos materiais da vida, sua subsistência, ou mesmo alguns prazeres intelectuais que roçam uma pseudo-superioridade que se desmorona ao mais leve confronto entre as personalidades desenhadas com aparente refinamento, mas com uma grande incapacidade por reconhecer as suas limitações.
Existem os lampejos de uma nova cultura, a superior, onde o espírito humano se libera das amarras da mediocridade, do egoísmo e da superstição que tanto o limitam e aprisionam.
As linhas divisórias entre as diversas culturas estão na qualidade, conteúdo e hierarquia dos conhecimentos que as concretizam, indo da experiência pré-histórica da sobrevivência, na qual as armas serviam para matar as feras que ameaçavam o homem e, passando por nossa época, quando as mesmas armas servem para se exterminarem, pois as feras que os ameaçavam no passado acabaram surgindo em suas mentes como pensamentos monstruosos que querem destruir a vida no planeta, até chegar a um futuro superado, esperança de toda a espécie, uma nova civilização na qual se reconhecerá em tudo quanto existe a expressão vívida da Sabedoria Universal merecedora de toda a reverência e respeito.
A nova cultura será o produto de uma grande revolução a ser travada no íntimo dos seres humanos, no âmbito de seus pensamentos e sentimentos, através da eliminação do que lhes tem dificultado a convivência pacífica, pois inteligência pressupõe harmonia interior e entre as pessoas. Mais do que informativa, ela será formativa, na qual os espíritos ávidos por conhecimentos haverão de ampliar a consciência e cultivar pensamentos e sentimentos de natureza superior através do estudo e esforço próprios.
O ser humano do futuro deixará de lado as ambições que deságuam em insanos sonhos de poder e riqueza substituindo-os pelo amor ao estudo e ao saber. Além do meio ambiente que o cerca, aprenderá a cuidar do próprio ambiente mental de onde provêm os pensamentos e as idéias que podem elevá-lo ou mergulhá-lo na escuridão.

Nagib Anderaos Neto
www.nagibanderaos.com.br

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