A Fé Em Si
Fechar os olhos para a realidade e acreditar na ficção que criamos ou que nos é imposta constitui a verdadeira e maior cegueira.
Saber significa ver a realidade, penetrar em sua superfície e aproximar-se da verdade. Tem muito a ver com sabor, experimentação, comprovação; significa liberar-se da cegueira da ilusão; afastar-se de tudo quanto se oponha à realidade, à verdade. Não pode haver outra fé que não seja em si; ninguém haverá de resolver por nós o que nos incumbe. A fé no que se ignora implica submissão; por esse motivo, os tiranos são hábeis em inventar mentiras para submeter pessoas humildes, simples e tristemente adjetivadas de boa-fé.
O autoconhecimento deve implicar o afastamento das ilusões que se avolumam e nos levam às desilusões que muito têm a ver com a depressão e a tristeza. Aprender a viver próximo da realidade é uma forma de estar junto da felicidade.
A vida se amplia quando nela colocamos muitas atividades com possibilidades de realização. E se algum fracasso sobrevier – coisa que invariavelmente acontece -, ele pode se transformar na base de um futuro acerto. O essencial é procurar estar sempre muito próximo da realidade.
Os problemas que enfrentamos são criados por nós: falta de previsão, ilusões e ignorância. A felicidade pode estar muito perto e não a estarmos vendo pela cegueira que nos impede contemplar a vida, as pessoas e o mundo com outros e novos olhos que reconheçam em seus detalhes os verdadeiros momentos de alegria e felicidade: um amanhecer, uma amizade, um pequeno aprendizado, pois viver deveria ser um grande motivo de alegria.
Aquilo que não se compreende não se possui, escreveu certa vez Goethe. A compreensão implica apreensão total, posse, integração de um fragmento de verdade ao patrimônio pessoal. Uma ilustração interior, culminação fruto de um processo no qual a inteligência e a sensibilidade participam. Um fragmento de verdade pode ser vislumbrado pela intuição, mas deverá ser confirmado pela razão para que faça parte do patrimônio individual. Se não se confirma, propende-se à fé cega, anulação da inteligência, falência da mente e do espírito. O que se compreendeu implica uma fé consciente fruto da comprovação da verdade pela razão. A compreensão é de índole espiritual; acrescenta ao espírito o que lhe falta. Nada tem a ver com a ilustração do intelecto, senão com a formação do espírito individual.
A necessidade espiritual - o vazio interior, fome por verdade e conhecimento - existe em todos. Uma fome que tem sido alimentada com o pão amanhecido da ilusão e da tergiversação.
A fé no futuro deveria significar a fé em si pelo que se é capaz de fazer pela vida, fé consciente que se chega pela compreensão, posse gradativa de fragmentos de verdade que se obtém no decorrer de um processo, liberação espiritual que somente o indivíduo pode fazer por si.
Nagib Anderáos Neto
www.nagibanderaos.com.br
Saber significa ver a realidade, penetrar em sua superfície e aproximar-se da verdade. Tem muito a ver com sabor, experimentação, comprovação; significa liberar-se da cegueira da ilusão; afastar-se de tudo quanto se oponha à realidade, à verdade. Não pode haver outra fé que não seja em si; ninguém haverá de resolver por nós o que nos incumbe. A fé no que se ignora implica submissão; por esse motivo, os tiranos são hábeis em inventar mentiras para submeter pessoas humildes, simples e tristemente adjetivadas de boa-fé.
O autoconhecimento deve implicar o afastamento das ilusões que se avolumam e nos levam às desilusões que muito têm a ver com a depressão e a tristeza. Aprender a viver próximo da realidade é uma forma de estar junto da felicidade.
A vida se amplia quando nela colocamos muitas atividades com possibilidades de realização. E se algum fracasso sobrevier – coisa que invariavelmente acontece -, ele pode se transformar na base de um futuro acerto. O essencial é procurar estar sempre muito próximo da realidade.
Os problemas que enfrentamos são criados por nós: falta de previsão, ilusões e ignorância. A felicidade pode estar muito perto e não a estarmos vendo pela cegueira que nos impede contemplar a vida, as pessoas e o mundo com outros e novos olhos que reconheçam em seus detalhes os verdadeiros momentos de alegria e felicidade: um amanhecer, uma amizade, um pequeno aprendizado, pois viver deveria ser um grande motivo de alegria.
Aquilo que não se compreende não se possui, escreveu certa vez Goethe. A compreensão implica apreensão total, posse, integração de um fragmento de verdade ao patrimônio pessoal. Uma ilustração interior, culminação fruto de um processo no qual a inteligência e a sensibilidade participam. Um fragmento de verdade pode ser vislumbrado pela intuição, mas deverá ser confirmado pela razão para que faça parte do patrimônio individual. Se não se confirma, propende-se à fé cega, anulação da inteligência, falência da mente e do espírito. O que se compreendeu implica uma fé consciente fruto da comprovação da verdade pela razão. A compreensão é de índole espiritual; acrescenta ao espírito o que lhe falta. Nada tem a ver com a ilustração do intelecto, senão com a formação do espírito individual.
A necessidade espiritual - o vazio interior, fome por verdade e conhecimento - existe em todos. Uma fome que tem sido alimentada com o pão amanhecido da ilusão e da tergiversação.
A fé no futuro deveria significar a fé em si pelo que se é capaz de fazer pela vida, fé consciente que se chega pela compreensão, posse gradativa de fragmentos de verdade que se obtém no decorrer de um processo, liberação espiritual que somente o indivíduo pode fazer por si.
Nagib Anderáos Neto
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Labels: Alegria, Amizade, Autoconhecimento, Desilusões, Espírito, Fé, Felicidade, Ilusões, Problemas
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