Thursday, April 26, 2012

A Fé Consciente

"Aquilo que não se compreende não se possui", escreveu J.W. Goethe. "Entendo, mas não compreendo", dizem os universitários frente a uma passagem complexa de uma demonstração teórica. A compreensão implica uma apreensão total, posse, integração de um fragmento de Verdade ao patrimônio pessoal. É uma iluminação interior, uma culminação fruto de um processo no qual a inteligência e a sensibilidade participam. Um fragmento de Verdade pode ser vislumbrado pela intuição, mas deverá ser confirmado pela razão de forma que, como compreensão, faça parte do patrimônio individual. Se não se confirma pessoalmente propende-se à fé cega, à anulação da inteligência, à falência da mente e do espírito. O que se compreendeu, a compreensão, implica uma fé consciente fruto da comprovação da Verdade pela razão. A compreensão é de índole espiritual, acrescenta ao espírito o que lhe falta. Nada tem a ver com a ilustração do intelecto senão com a formação da individualidade. A necessidade espiritual, o vazio interior, a fome por Verdade e conhecimento superior, existe em todos os seres humanos. Uma fome que tem sido alimentada com o pão amanhecido da ilusão e da tergiversação. À fé consciente se chega pela compreensão, posse gradativa de fragmentos de Verdade que se obtém no decorrer do processo da vida; pela liberação espiritual que somente o indivíduo pode fazer por si mesmo.

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